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Estamira: Loucura, Vida e Escuta

Atualizado: 12 de nov.

Recentemente assisti ao documentário Estamira, que retrata a vida de uma mulher considerada psicótica, que trabalhou no aterro sanitário do Gramacho. Sua fala, carregada de neologismos e imagens enigmáticas, mistura lucidez e delírio, revelando uma forma única de compreender e experienciar a vida.

Os relatos de Estamira denunciam a violência, os abusos e a negligência que enfrentou, ao mesmo tempo em que criticam a sociedade de consumo e os descuidos que permeiam o mundo ao seu redor. Ao apresentar seu olhar sobre a vida e os modelos de cuidado da saúde mental, ela nos convida a refletir sobre a responsabilidade de cada um diante desse cenário.

O vínculo construído com o diretor Marcos Prado foi fundamental para dar voz à sua subjetividade. A escuta sensível permitiu que Estamira expressasse sua experiência de maneira poética, transformando delírios e alucinações em narrativas que dão forma ao caos vivido e revelam sua potência diante das adversidades.

O filme nos convida a pensar a loucura e o sofrimento psíquico para além da norma, destacando a importância de uma escuta clínica que capte o que não está na superfície, valorizando a singularidade de cada história e reconhecendo modos próprios de lidar com a vida.

 
 
 

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