Coletivos Autogestionados e Cooperativos na psicologia: Uma Afirmação Política

Coletivos autogestionados na psicologia vão além de espaços de trabalho: são práticas políticas. Eles fortalecem o exercício profissional, preservam autonomia e ética, e promovem formas de cuidado que resistem à precarização, à exploração e à lógica de lucro.

Esses grupos estimulam participação ativa e decisões compartilhadas, criando espaços onde a prática clínica se articula com princípios de colaboração, responsabilidade e solidariedade.

A Teia Acolhida é organizada de maneira transversal, funcionando como um território experimental que se move a partir do desejo de todos os participantes. Nesse espaço clínico-formativo, cada profissional contribui para a construção dele a partir de suas experiências e das trocas com os colegas, reforçando modos de trabalhar mais éticos, que não se subordinam à lógica competitiva de mercado. Dessa forma, consideramos vital pensar a psicologia a partir da política e do afeto, para construir novas perspectivas, refletir criticamente e de forma interseccional sobre o cuidado clínico, forjar práticas acessíveis e acolher as potências e vulnerabilidades, inclusive as nossas. Esses princípios e outros intercessores nos mobilizam e orientam nossos encontros e fazeres.